Ouvir o Dia...

sábado, 25 de abril de 2009

...


A Vida transformou-se(me) n´Um Outro Lugar de Mim.
E está prestes a (re)nascer...
Até (L)Já

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Até Já!


Este blog chega hoje ao fim. Porquê? Porque assim como sempre defendo que todos os dias são bons para se começar alguma coisa, também podem ser ideais para terminar.

A vida é feita de ciclos, que se sucedem, pelas mais diversas razões, sem que isso signifique que uns tenham de substituir outros. É o movimento da Vida, uma Lei do Universo. É, afinal de contas, a rotação que faz girar o mundo e gerar nova vida, novas oportunidades, novos desafios, novos horizontes.

Com um privilegiado espólio de memórias de infância, guardo muitas histórias, imagens e recordações. São elas que contam, afinal, uma boa parte de quem sou. Relembro, neste momento e a propósito deste momento, uma em especial que a minha avó, militante da sua religião me contava e que, embora me fujam os detalhes (perdoa-me Patareca), falava de um momento em que o criador preveniu que se devesse fugir de um determinado local, por força de uma catástrofe com roupagens de castigo. A condição, para se ser salvo, era não olhar para trás. A consequência para a desobediência? Ser transformado em estátua de sal.

O meu criador não castiga. Não é por isso que não olho para trás, mas porque o óbvio me diz que só deve olhar nesse sentido quando é esse o sentido para que se quer caminhar. Não é, decididamente, esse o caso. Por isso, esta Vida em Hi-fi, cumpriu o seu ciclo. Qual? Apenas um. O seu. Em breve botará noutro lugar.

O Fim não existe, por isso fica este título e esta imagem.

No pôr ou no nascer do Sol o que se escreve no horizonte é
Até Já!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Provérbio Hindu

"Não há nenhuma árvore que o vento não tenha um dia sacudido"

... Ocorre-me um mundo de cogitações, à volta disto...

domingo, 19 de abril de 2009

Por todas as Teresas

Não posso dizer que, à semelhança do que algumas mulheres dizem, tenha sido daquelas que, depois de ser mãe, tenha passado a olhar para a vida de uma outra forma. O mundo à minha volta nunca me foi indiferente e as mais diversas necessidades dos outros sempre me moveram no sentido do seu alivio. Nunca senti, por isso, mais cumplicidade pelo sofrimento de uma criança depois de ser mãe ou mais empatia com o sofrimento de quem sofre por um filho, depois da minha maternidade. Ver um filho sofrer, seja por que razão for, é talvez das dores mais intoleráveis que se pode ter. Perdê-lo, então, não tem sequer abordagem possível. No entanto, foi depois de ter sido mãe que tomei a decisão de uma coisa na qual já antes reflectia mas sem nada fazer. Tornar-me dadora de medula óssea. Porquê? Porque um dia, olhando para a minha filha, e pensando que havia crianças a morrer aquela hora apenas por falta de um dador compatível, percebi que se todos nós tivéssemos consciência de que podemos dispor, dentro de nós, da cura de alguém, não hesitaríamos em dizer: Tome, leve o que quiser! - só para poder manter aquele sorriso terno, espelhado num inocente rosto. Sim, nesse aspecto, ter sido mãe fez-me olhar para esta realidade da responsabilidade cívica, do humanismo, do altruísmo- do que lhe quiserem chamar- de uma outra forma.
E agora, mais do mesmo, por outro prisma:
Já há algum tempo que venho recebendo, em jeito de corrente, o apelo do vídeo aqui acima, por e.mail. Há muito que me habituei a desvalorizar estas e outras correntes, por motivos que julgo que a maioria de vocês também conhecerá e partilhará. Em todo o caso, no que toca a pedidos de dadores de medula óssea, se forem verdadeiros, sei que a minha parte está feita. Em 24 de Setembro de 2003 formalizei a minha inscrição no CEDACE - Registo Português de Dadores de Medula Óssea - no centro de Histocompatibilidade do Sul. Ou seja, se não fui chamada, recentemente, para fazer mais exames, é porque não posso ajudar a Teresa, a Rita, o Daniel ou qualquer outra criança ou adulto que de tão pouco, e ao mesmo tempo tanto, de mim necessita. Não me serve de consolo, mas sei que em consciência fiz por eles tudo o que estava ao meu alcance: dar, em nome da sua vida, uma parte de mim que, ainda por cima, nem se quer me faz falta.
A este vídeo cheguei por aqui, que é um lugar por onde vale a pena andar, pelas mais diversas razões. Neste caso o mérito foi o de me fazer pensar que, afinal, talvez ainda não tivesse feito tudo o que estava a meu alcance para ajudar nestas situações. Tenho esperança de que o meu relato pessoal neste post possa cumprir essa finalidade. Porque um blog também deve, às vezes, ter um fim maior.

sábado, 18 de abril de 2009

Os dias da Rádio



A Espuma dos Dias lança, aos seus ouvintes e aos leitores deste blogue, um novo desafio, colocando ao seu dispor uma nova forma de participação.
Agora, a construção do primeiro livro escrito pelos portugueses com o apoio da rádio e dos meios digitais, passará também a ser possível com intervenção em directo dos ouvintes no programa. Para isso, basta que vocês nos enviem um e.mail para o endereço electrónico: espuma.dias@programas.rdp.pt onde devem indicar-nos o seguinte:


Nome
Morada
Contacto telefónico de fácil acesso
Resumo da vossa sugestão para o desenrolar da história.


E depois?... Depois é só ficar a aguardar o contacto da nossa equipa de produção.
Ficamos à vossa espera. Até breve!


Para mais detalhes sobre este desafio e o perfil do programa, espreitem aqui e aqui

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Um momento Bimby

Aqui vai, em tempo, uma sugestão rápida:


Dia da Mãe - é já a 3 de Maio!
(mais receitas rápidas, para presentes infalíveis AQUI)

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Não foi feliz...

Mas fez sorrir milhões de pessoas.

Faria hoje 120 anos.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Passo a publicidade


Não tenho bem a certeza, mas já lá vão mais de 10 anos. Sim, pelo menos há uma década que compro a revista Marie Claire Idées, apenas para me deliciar com a beleza das suas páginas. Cor, beleza, harmonia, criatividade, simplicidade e qualidade, tudo numa só edição - e são apenas quatro por ano, uma por cada estação do ano - em páginas que se percorrem à velocidade com que devoramos as coisas boas e saborosas do dia-a-dia.
Mais do que uma revista de decoração e sugestões criativas, as suas páginas transportam-nos para uma verdadeiro estilo de vida, onde o bom gosto é a palavra de ordem.
Felizmente há coisas boas capazes de durar uma eternidade e de dar à vida um sabor especial.
By the way, a última edição - Especial Flores - já está por aí! Deixem-se contagiar!


terça-feira, 14 de abril de 2009

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ritualidades


Confesso que os dias festivos têm uma importância cada vez mais relativa para mim. Independentemente da minha filosofia espiritual, que não tem clube, nem filiação, gostar do Natal ou celebrar a Páscoa são mais uma justificação para celebrar a Vida, e a relação com as pessoas que me rodeiam, do que uma obrigação de calendário. É facto histórico e sabido, mesmo pela religião católica, que Cristo terá nascido por volta do mês de Outubro e que terá morrido e ressuscitado num dia fixo, e não num feriado móvel, ao sabor de outras razões e de outros interesses. Por outro lado, não aprecio filhoses, nem sonhos, nem rabanadas, pouco me entretenho com bolo-rei, dispenso o folar e as amêndoas e para comer chocolate tenho o ano inteiro e de modo mais prático de que em forma de ovo. Sendo assim, o que me sobra destes dias é uma outra parte. A da partilha e a da vivência de ritos e rituais que conferem cadência à vida e que por isso se justificam, porque a vida não se deseja sempre igual. Na Páscoa celebro a renovação da Vida, da chegada da Primavera, as novas flores, as novas ninhadas. É uma vivência interior, de deslumbramento pela incansável capacidade de regeneração da natureza. Celebro ainda a cor, a mudança. É aí que encontro o significado religioso destes dias e que fico mais perto de um qualquer Ser Maior. Estes são os dias da metamorfose!
Domingo de Páscoa, foi dia de procurar presentes escondidos pela casa. Foi dia de confirmar, que ainda sou um pintainho da Mamã! E que bom que é haver dias especiais para celebrar as verdades de todos os dias!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Branco é, a galinha o pôs...


BOA PÁSCOA!
(o que quer que isso queira dizer...)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Confissão

É que não simpatizo mesmo com vidas insossas!

segunda-feira, 6 de abril de 2009

As árvores protegem em silêncio...


e depois chegaste tu
muito tempo após a longa espera
o maior desespero as marés a mudarem
tantas vezes que nem sei
posso ainda escolher dizer-te
amo-te muito tanto ou tão pouco
que quero-te morder até às mãos
as duas até ficarem vermelhas roxas
como pétalas de hortenses mudando a cor
é tão lenta a passagem dos dias
quando o sol se põe atrás do coração
sabes já não tenho doze anos
a incerteza da primeira paixão
o nervoso de espreitar outro sorriso
se por acaso se encontrava com o meu
e o medo o medo nocturno
terrível o silêncio a amargura de não saber
que era feito de mim onde procurar
o braço que aquece e diz envolvendo
sossega amor sossega
olha é só a vida a passar rápido
que tudo é mesmo pouco
para a tomarmos demasiado séria
"Alguma Tristeza"
1979 Outros Poemas - Pedro Strecht



domingo, 5 de abril de 2009

Na dose certa

A pimenta, como de resto tudo na vida, quando é de mais estraga. Mas, como tudo, na dose certa, dá sabor e pode até estimular os sentidos. Assim são as coisas que dão sabor à vida. Assim são, também, os problemas...
A Vida cozinha-se com todos os ingredientes. Por vezes, é-nos servido um prato agridoce, nem sempre fácil de ingerir ou digerir. Ainda assim, há que aproveitar, saboreando talvez de olhos fechados, degustando e identificando o que utilizaremos em nosso proveito, como forma de alimento.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Bom fim-de-semana!


Esta imagem inspira-me... é assim que pretendo ficar!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Não se incomodem. Vão para dentro!...

... Mas deixem lá o vento que, apesar de incomodar as nossas confortáveis vidinhas, sabe ao que vem. Ou já se esqueceram como é que, na Primavera, as sementes são empurradas para locais longínquos para povoar novos solos desabitados? Ah! E já agora, quando recomeçar a chover, copiosamente, também não estranhem... é que depois de semear, há que regar!
Será que estamos todos tão velhos que já nos esquecemos do que aprendemos na escola primária ou será que, à semelhança das crianças mimadas que nos ensinaram que não devíamos ser, só nos limitamos a querer tudo à medida das nossas conveniências, incluindo o tempo?

sexta-feira, 27 de março de 2009

Hoje almocei saudades


Mora dentro dentro de mim um ser nostálgico que, de vez em quando, se manifesta. Suponho, aliás, que esse ser habite dentro de qualquer um de nós, embora me pareça que grande parte das pessoas resista a assumi-lo. Por mim, confesso que, não só não me importo como até me sinto estranhamente mais inteira quando ele me visita. Hoje, foi um desses dias.

O almoço era caldeirada de bacalhau. Embora irrepreensivelmente confeccionada por uma ucraniana, que cozinha à grande e à portuguesa, eu até me tenho andado a portar bem, razão pela qual me sinto aliviada de castigos. Ora, juntando-se a fome à vontade de comer, pus-me a caminho de um cantinho de que gosto particularmente, sobretudo quando estou acompanhada desta minha inquilina secreta chamada Nostalgia. Livro em punho e lá vou eu, absorvendo pelo caminho a profusão de chilreados da passarada com ninho novo, o ar cálido, ainda que ligeiramente temperado por uma ténue neblina do Atlântico que mora perto, e o cheiro a flores silvestres.


Por ali, a escolha gastronómica, baseada em pratos despretensiosamente diferentes e saborosamente originais, é sempre difícil. Hoje, curiosamente, tinha uma novidade quase prosaica para o ambiente em causa: pasteis de massa tenra com arroz de cenoura. Não tive dúvidas. Era isso mesmo que queria.


Nunca ninguém parte, verdadeiramente, da nossa vida. Há sempre como nos reencontrarmos com quem dividiu fisicamente o espaço da nossa existência. O lugar da memória é um local privilegiado para tudo e todos se encontrarem.


Poucos olfactos guardo da minha infância. O meu faro é a intuição e, nesse campo, julgo que a natureza foi generosa comigo. Em compensação, guardo sons, muitos e abundantes sons. E muitos gestos também.


Lembro-me do ritual, em cima da bancada de cozinha, de tampo de mármore. A farinha, em montanha, que depressa se assemelhava mais a um vulcão, logo que o peso dos outros ingredientes lhe abria uma cratera... A água morna, a margarina que eu cortava em lascas- as primeiras com autorização, as outras à conta da distracção- para comer... A pitada de sal. Os gestos que tudo envolviam, remexiam, tendiam e estendiam. O rolo da massa. A carne quente, cheirando a salsa, recheando o coração. A chávena que desenhava o corte final. As aparas que dela sobravam e com que eu reproduzia a iguaria, para as minhas bonecas.


Hoje, entre outras saudades, também almocei contigo avó. Os pasteis não chegavam aos calcanhares dos teus, mas, quem sabe, se até nisso não estiveste tão mais perto? Perguntei-me: será que o diabo também veio hoje a esta cozinha? Sorrio. Quem te conhecia sabe bem porquê...
A massa da vida nem sempre é tenra...



... E as saudades são como a manteiga em pão quente - derretem-se da alma para o coração.


Não vem a propósito ou talvez sim: na ribeira, que fica mesmo ao lado deste cantinho onde me gosto de aconchegar, e que se chama precisamente Ribeirinha de Colares, já há uma trupe de patinhos novos, a quem as crianças da vila se entretêm a mandar migalhas.


Já agora, só porque sim: Gosto de ti, Primavera!














quarta-feira, 25 de março de 2009

Breathless!

Há milhões de anos que a Terra respira assim... será legitimo, em menos de um século, condena-la a um ventilador?

terça-feira, 24 de março de 2009

Join Me


Não sou demagoga.

Não gosto de discursos politicamente correctos.

Tenho particular prazer em desconstruir mensagens publicitárias.

Mantenho a lucidez de que o dinheiro será sempre o motor do mundo.

Considero que se a moda, seja ela qual for, ajudar a despertar consciências e a mudar mentalidades, é sempre bem vinda.

Defendo que a humanidade é hoje bem mais pacifica, solidária e construtiva do que foi.

Sei que a cultura de vida leva séculos a mudar...

Tudo isto para dizer:

A última campanha da GALP é não só um majestoso golpe publicitário como um feliz sintoma do caminho que desejamos deixar aberto, para quem vier atrás de nós.

Para que alguém não tenha que fechar a porta!

domingo, 22 de março de 2009

A minha Leitura

O LEITOR
Todos os rapazes procuram uma mãe.
Todas as mulheres procuram um pai.
A infância transporta para o resto da vida a carência de um grande colo.
O Passado é uma eterna sombra que nos persegue.
O mais difícil na vida é assumirmos as nossas vulnerabilidades.
O verdadeiro amor contempla a capacidade de aceitar que o outro decida sobre o seu destino.
Um grande amor não se confirma nas grandes decisões, mas nos pequenos gestos.
O dinheiro não compra perdões mas uma velha caixa de chá conquista reconciliações.
Devemos sempre tentar encontrar uma porta de saída para não repetir os mesmos erros dos nossos pais.
Fim.



Agora eu:

Tive um gravador igual àquele que me fez despontar as lágrimas, que me acompanharam até ao fim do filme.

Porque é que será que as pessoas olham tanto para a minha cara quando saio de uma sala de cinema???

sexta-feira, 20 de março de 2009

Porque hoje também é o teu dia!


Porque todos os dias são das pessoas que amamos, admiramos e que são peças fundamentais no puzzle da nossa vida.
Porque não tens computadores, não queres fazer a mínima ideia do que é a internet, só tiveste telemóvel quando já não havia ninguém que não tivesse pelo menos dois, não usas cartão multibanco e te orgulhas de resolver quase tudo com uma Bic e um papel.
Porque, apesar de seres resistente à inovação, e rejeitares obstinadamente depender das funcionalidades tecnológicas para resolver (e facilitar!) a tua vida, nunca ficaste preso ao passado e sempre foste - e És- o meu maior exemplo de luta, conquista e sucesso.
Porque me ensinaste que na vida nada se consegue sem entrega, esforço e disciplina e que esses são os ingredientes que nos fazem atingir os nossos objectivos.
Porque te queria dizer que a esses ingredientes sempre acrescentarei o amor, com que sempre me senti protegida, ainda que em muitos momentos guardados pelo silêncio.
Felizes Dias, Papá!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Eu, Chocolate Addict me confesso - INDIGNADA!

«Um médico escocês propôs a imposição de taxas à venda de chocolate, da mesma maneira que é feito com o álcool e o tabaco, para combater o aumento da obesidade e os casos de diabetes no Reino Unido.
David Walker, médico de Lanarkshire, no sul da Escócia, acredita que o chocolate tem uma parte importante no problema de excesso de peso entre a população.
Segundo Walker, além das refeições normais, muita gente consome uma quantidade de chocolate equivalente às calorias diárias necessárias para uma pessoa.
O chocolate foi visto sempre como «algo especial», mas tornou-se perigoso para muita gente, disse hoje o médico, que é também especialista em nutrição.
«A obesidade é um problema que prolifera. Estamos no mesmo caminho que os Estados Unidos», disse Walker à imprensa britânica. »

Isto meus senhores, foi noticia, mas só pode ter sido pelo insólito! Ou então deviam ter esperado pelo dia 1º de Abril.

E perdoem-me o desabafo, mas ou este senhor doutor se injecta forte, com a seringa das farturas, ou terá de explicar ao Mundo qual é o critério da escolha!

Já agora, e já que a ideia vem do Reino Unido, sugiro ao senhor doutor que vá taxar o fish and chips e deixe os chocolatinhos em paz!

segunda-feira, 16 de março de 2009

Verão que ainda não veio para ficar (com apetites à mistura)

Hoje, à saída do trabalho o ar cheirava não a Primavera mas a Verão. Aquela ainda não chegou e este, segundo o calendário, ainda vem longe. Pequenos detalhes em que, a esta hora, e inebriada com o dia e começo de noite, pura e simplesmente, não me apetece pensar.
O meu carro na beira da estrada, o pinhal em frente, o silêncio da "aldeia"... o ambiente quente que vem perfumado de um campo aquecido pelo calor do dia... 16º é temperatura que nos presenteia o ar ... Encho o pulmão e aconchego a alma.
Não sei a que cheirava a cidade, àquela hora em que todos regressam a casa para amanhã regressar ao trabalho. Mas a minha "aldeia" cheirava a vida, a paz, a natureza, a uma boa parte do melhor que vou guardando de mim... talvez por isso seja tão bom pensar que, amanhã, é lá mesmo que vou regressar.
(como uma borboleta estonteada com as maravilhas da estação, ao ouvir a música de hoje fico com uma vontade de dançar...)

A Vida sem legendas

Revisitar 2008 pelos olhos dos grandes fotógrafos do Mundo!

Um passado ainda bem presente e, em alguns casos, ainda contemporâneo...
Disfrutem AQUI desta longa viagem de apenas 10 minutos...





quinta-feira, 12 de março de 2009

Feliz, me confesso!


Como um Girassol girando ao sabor da luz, que o ilumina, alimenta e nutre as sementes.
Como um Girassol, é como me sinto, pelos gratos momentos de felicidade que os últimos desafios trouxeram à minha vida, alimentando-a e nutrindo-a com pessoas, situações e lugares novos nas minha existência. Amadurecendo as sementes que um dia, deitadas à terra, darão novos frutos, renovando a minha essência.
Alta, atenta à Luz. Mas firme, com raízes bem presas na terra.
Como um Girassol.... Feliz, me confesso!

terça-feira, 10 de março de 2009

A arte do pequeno-almoço


Da sala:
Mãeeee!
Sim..
Podes chegar aqui?...
Sim, diz...
Olha!

Em cima da mesa, no tabuleiro do pequeno-almoço, exibia-se a razão do apelo. Uma obra de arte, construída com as bolinhas de Nesquik prodigiosamente distribuídas à volta da tigela ,onde o leite, entretanto, arrefecia.

A fotografia, tirada precisamente às 07:37:52, não deixa margem para dúvidas... Sempre que a minha filha se atrasa é porque está em pleno processo criativo.

Assim sendo, vou tentar não me irritar todas as manhãs. Tudo em nome da arte!

domingo, 8 de março de 2009

MY FAIR LADY

Enquanto tomava café ela informou que ia lá abaixo. É habitual ausentar-se sozinha até ao andar inferior do pequeno Centro Comercial onde costumamos tomar café ao fim-de-semana, sobretudo para se ir encafuar na loja de animais que faz as suas delicias, e de onde já trouxe para casa vários peixes e uma tartaruga. Desta vez, e ao contrário do que lhe havia sido pedido por ser já quase hora de almoço, demorou-se demasiado. Quando me aproximava das escadas rolantes para descer e ir ao seu encontro, ouvia-a chamar. Acenou-me, assinalando a sua localização. Desci... enquanto me dirigia para ela foi-me fácil perceber o que estivera a fazer...
Toma, mamã, são para ti!
Ela, sorriso doce, rasgado, feliz pela sua iniciativa e pela minha reacção.
Eu, formigueiro no nariz, lágrimas que bailavam, felicidade num abraço apertado que me apeteceu eternizar, assim.
Embora já tendo partilhado com ela a minha opinião sobre a data em causa, manifestando-lhe que, pessoalmente, não encontro nenhum motivo para comemorar este dia em especial, ela fez questão de o tornar diferente. E foi! Na verdade, bem vistas as coisas, se não fosse a minha condição feminina não poderia ter gerado um ser tão especial, uma MULHER de quem, estou certa, muito me orgulharei sempre tanto de ser mãe.
Obrigada, minha filha, mulher-menina, por este recado tão especial. Obrigada, sobretudo, pelas flores que não escolheste ao acaso, num gesto de bem-me-quer que a uma Margarida tanto comoveu!

sábado, 7 de março de 2009

Criatividade ao Rubro - A Recriação da Criação

1º Lugar no Festival de Berlim 2008 (Curtas)

... e ao sétimo dia, descansou!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Coisas APARENTEMENTE incompativeis

A primeira impressão é a que prevalece.
É sempre possível começar de novo.

quinta-feira, 5 de março de 2009

Nos cornos da Vida ou Como transformar o stress em adrenalina


Nunca me esqueci do fantástico titulo de um livro de Beatriz Costa, «Nos cornos da vida», e hoje confesso que não me tem saído da cabeça.
É sempre assim que nos sentimos perante um grande desafio na vida, sobretudo, quando apesar de sabermos que temos de pegar o bicho pela frente não conseguimos prever para onde ele se vai desviar. Mas, mais do que isso, nos cornos da vida é como nos sentimos, sempre que a imprevisibilidade da pega não nos trava o desejo de enfrentar a besta, principalmente quando os outros acreditam na nossa capacidade de o fazer.
A pega de ontem não me correu bem. Quem lhe assistir na 6ª F. perceberá facilmente porquê. Mas não é sempre assim quando se pisa a arena pela primeira vez? Medo? Não. Respeito? Sim, muito! Curiosamente, por vezes a vida tem uma ordem engraçada... Afinal de contas, para mim, amanhã já é passado. De olhos postos no próximo só me ocorre dizer, com entusiasmo:
Venha de lá o bicho!
Será este um dos segredos para transformar o stress em adrenalina?
... pensando alto... era tão bom que ao lado do botão do acciona um microfone existisse outro que desactivasse uma montanha russa das emoções!

domingo, 1 de março de 2009

Moral da história

6ª Feira




Há fases em que, por muito que apeteça, não há nada de jeito que nos leve à cadeira de uma sala de cinema. Outras, em compensação, mal dão tempo de apanhar em cartaz tudo o que gostávamos de ver. Não me considerando propriamente uma cinéfila, confesso que para ver um bom filme não há como uma sala de cinema e esta é, sem duvida, uma fase de bons filmes. Por isso, este fim-de-semana contou com sessão na 6ª e no Sábado, por via das dúvidas.

Benjamin Button já andava adiado há três semanas. Foi o premiado de 6ª à noite. Depois de alguma expectativa, por um argumento no mínimo insólito, confesso que o filme ficou de algum modo aquém do que previa. Independentemente da originalidade da história, as três horas de duração do filme comprometem seriamente a vontade de ficar sentado. Pelo menos, foi o que senti. Prende, mas não tanto, e a dado momento senti aquilo que não gosto de sentir numa sala de cinema... este via-se bem em casa, com direito a intervalos, lanches e mudança de posição no sofá.

Por mim, valeu pelos últimos vinte minutos, meia hora, talvez.

Moral da história: no fundo, a vida é um caminho que se percorre, simultaneamente, em duas direcções de sentido oposto. Era tão bom que pudesse, no fim de cada uma das linhas, haver sempre alguém que cuidasse de nós, com um colo...




Sábado


Não sou a primeira a dizê-lo mas agora confirmei-o. Este é um Woody Allen com sabor a Almodôvar. E que bem que soube!
De tudo só fiquei com uma duvida existencial: Por que raio o nome do filme se refere às personagens das turistas americanas - Rebecca Hall (Vicky) e Scarlett Johansson (Cristina) - e acaba por ser Penélope Cruz a figurar no cartaz como se a personagem de Vicky não fosse minimamente tida nem achada no enredo da historia? Parece-me na verdade um titulo muito pouco criativo para um filme com tanto para dar... E que Penélope mereceu a estatueta é inegável! Estupenda , la chica!

Moral da história? Paira no ar a urgência de sermos autênticos... No dia em que o conseguirmos, só a mentira e a camuflagem serão imorais ou marginais.

O melhor da história? Fazer estes dois programas na companhia de um biscoito de quase 10 anos que não só se comporta melhor que muitos dos adultos presentes na mesma sala, como digere os filmes que vê, como gente grande! Adoro a minha filha!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Vida com Espuma



À semelhança do mar, os nossos dias ondulam ao sabor das marés, entre preia e baixa-mar. Tantas vezes ao longo dos mesmos somos surpreendidos por uma onda imprevista. Outras tantas vezes nos deixamos levar pela corrente. Porém, raras são as vezes em que nos permitimos contemplar o que sobrou do agitar das nossas águas... a espuma dos dias. E é afinal nela que tudo repousa, até à maré do dia seguinte.
Por aqui as águas agitaram, não ao sabor de ventos de tempestade, mas de uma brisa cálida, pacifica, que conduz por águas de um sereno azul, onde repousará uma doce espuma.
Esta Vida poderá passar a ser escutada em Hi-fi, noutras paragens, saboreando o fim de uma semana de trabalho.
O ponto de encontro desta viagem, para que todos estão convidados, serão as 23h de todas as 6ªas Feiras, na Antena 1 - RTP - a começar no dia 6 de Março.
A Espuma dos Dias juntará dois amigos, muitas cumplicidades e um grande e inovador desafio para todos os que nos acompanharem, sobretudo para os navegadores da blogosfera!
O convite está lançado. Agora é içar velas e navegar, por mares nunca d´antes navegados .

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Vidas por medida

Vidas por medida? Isso existe? Tenho sérias duvidas!
E muito menos em saldo!

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Hi-fi de A a F

FELICIDADE




Meio cheio ou meio vazio?

E se neste copo estivesse servida a tua Vida?

Será que a constante sede de Felicidade não nos seca a capacidade de ser felizes?

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Espremer a vida


Já repararam com que mestria conseguimos sacar um bom bocado de pasta, a um tubo que no dia anterior já "estava vazio", sempre que de manhã nos lembramos ao pegar na escova de dentes:
Irra! (dizem os leitores polidos) Já sei o que faltava ontem na lista das compras. A pasta de dentes!
Serás que não nos conseguimos habituar a fazer o mesmo com a Vida?

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Três dúvidas existenciais num só dia.

1ª: Será que sempre que um homem admira uma mulher tem de estar apaixonado por ela?
2ª: Será que as mulheres têm sempre de supor que quando um homem as admira é porque está apaixonado por elas?
3ª: Serei mulher?

P.S. Será que três dúvidas existenciais num só dia correspondem a uma crise?

As coisas de que esta gente se lembra a despropósito...

Eu sei que a imagem não exibe o modelo em causa, mas em todo o caso foi o melhor que se arranjou. Só pelo sol que irradia, já nos faz sonhar com os dias quentes que se prolongam à beira mar. Mas então não é que, vá-se lá saber porquê, hoje acordei (há pouco) com a música do bikini PEQUENINO às bolinhas amarelas... A cabeça das mulheres é mesmo um mundo de mistérios insondáveis!.... Ahahahahahahah!

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Eles estão de volta!


Sim , e quero lá bem saber se são nacionais ou dos vizinhos! Eles estão de volta e eu só paro lá para Abril! Está bem, aceito, não há como os de Sintra...
(dá muito nas vistas a falta de assunto para este post?)

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Amores à primeira vista

Que nome se dará às madames que, no intervalo de almoço ou ao fim do dia de trabalho, vão à Zara ou à Mango para espairecer a cabeça e aliviar o stress das injustiças do trabalho e da falta de colaboração dos colegas (que já se sabe, descarregam tudo para cima delas e não fazem nenhum) e deixam as prateleiras todas reviradas para escolher uma camisolita que, afinal de contas, até não levam (porque pode ser que eles ainda a ponham a dois euros) e que acham que as empregadas estão lá para isso mesmo, para arrumar?


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Just Kidding...


Os comentários impróprios serão liminarmente rejeitados... ;-)

Sementes de mudança


No ar, a luz e o calor do sol vieram limpar os dias cinzentos e o borralho das almas.
Agora, a água do céu que chorou em dias cinzentos dá lugar a um ar limpo e límpido. Da terra, o calor do fogo, a que chamamos Sol, faz surgir sementes de mudança.
Os quatro elementos conspiram pela confiança nos dias que virão...
Paira no ar o doce aroma de novos desafios!

domingo, 15 de fevereiro de 2009

À conta do corte e costura



Não tenho memória da ultima vez que estive toda a tarde, sentada no sofá, a ver um filme do principio ao fim. Hoje consegui ver o Noiva em fuga, inteirinho! As coisas que se conseguem à conta do corte de costura! Ela conseguiu casar, e eu consegui descansar!



Futurologia

Estão a caminho os gémeos do futuro.
O novo método já está a ser testado com sucesso!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

As coisas doces da vida



Alguém tem noção da capacidade de abnegação que uma criança tem de ter para me oferecer os dois últimos triângulos do precioso Toblerone que a ando a obrigar a dosear há mais de uma semana?...
Ainda bem que os mimos não são como os bombons... Não têm prazo de validade!





P.S. Só para não julgarem que sou uma bruxa completa, informo que só comi um... o outro foi para a menina mais linda deste mundo!



Namorar com a Vida

«Uma avenida nova para o coração»
Tudo o que o amor não é - Eduardo Sá
Há pessoas para quem o coração devia ser um condomínio fechado. Um lugar longe dos outros, sem erros de «casting», sem fadiga, sem aborrecimentos e sem preguiça.
Para essas pessoas, o amor talvez seja só o reflexo dos seus sonhos ou o eco do desejo. De tanto tentar um amor bacteriologicamente puro, um coração assim transforma a vida num enorme «vai-se andando».
Mas um coração só se torna habitável quando confronta os pais do nosso desejo com um amor que se afasta de tudo o que desejámos. Até porque:
  • nenhum amor é em «primeira mão»;
  • o desejo, é amor à primeira vista. A esperança (em alguém)... amor à segunda;
  • o amor é uma «longa-metragem» e não tanto, como poderia parecer, uma sucessão de efeitos especiais;
  • o amor pode ser uma «família de substituição», mas só se transforma num céu quando se conquista com pecados - por pensamentos, por actos e por omissões.

O amor é uma avenida nova que se abre muito para além dos dilemas entre a família que tivemos e os sonhos de pessoas «soalheiras» que fomos desejando ter. É essa a diferença entre as pessoas que se sentem vivas e aquelas para quem a vida se transforma num «vai-se andando».

P.S. em Hi-fi: Não se esqueçam de conjugar o verbo amar 365 dias por ano!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A bem da Natureza

Em reciclagem.
Prometemos ser breves!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Bem vindo!

O.K.... A malta sabe que não vieste para ficar...
Mas SABES TÃO BEM!

O Futuro na palma das mãos


A Vida está carregada de simbolismos e é sempre possível interpreta-la de uma forma mais rica quando nos permitimos estar atentos a eles.

Uma árvore não é apenas uma fonte de frescura, oxigénio, sombra, verde ou fruto. Uma árvore, A Árvore, é símbolo de Protecção, de Vida, de Futuro.
Quando uma Multinacional entrega aos seus colaboradores um saco com sementes, o Futuro parece estar duplamente garantido. E é bom constatar que as Empresas parecem finalmente começar a comunicar, sem hesitações, numa linguagem caracterizada pela inteligência emocional, sem medo de com isso comprometer a sua idoneidade e os seus resultados.
Deposita-se assim a confiança de que, com o devido empenho, aquela Semente poderá germinar, crescer e dar frutos. Demonstra-se assim, afinal, que o Futuro está quase sempre ao alcance das nossas mãos.
E, se é bom constatar esta mudança na forma de comunicar no meio empresarial, melhor ainda será acreditar que esta semente criará raízes profundas, erguerá sólidos alicerces e estenderá as suas ramificações em direcção a um Futuro melhor.
Um Futuro onde, afinal de contas (e no final das contas), são as pessoas que contam!

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Julio Machado Vaz em versão caseira





Confesso-me fã (quase) incondicional das comédias românticas britânicas, sobretudo pela dose bem medida de ingredientes com que costumam ser condimentadas. «Quatro casamentos e um funeral» é, decididamente, até hoje, o meu filme de eleição nesta categoria. Uma sátira ao casamento, e aos encontros e desencontros do amor, entremeada com uma magistral homenagem aos afectos na hora de um luto, tão inesperado como a revelação que com ele trará.


Não há dúvida que Hugh Grant é o "atado" mais apetecível do Reino Unido e uma fórmula de sucesso para estes filmes, talvez por personificar de forma tão inata duas das características que as mulheres mais parecem apreciar num homem - educação e contenção.


Nesta cena impagável com a americana Andie McDowell, fica bem claro que, para os homens, as mulheres continuam a ser verdadeiras caixinhas de surpresas e que as águas da sexualidade ainda têm muito por navegar, até chegar a bom porto. Aquele onde os intervenientes se sentirão finalmente seguros, sem ancoras e ancoradouros.


A cena final deste filme diz quase tudo o resto... Depois dos encontros e desencontros para que vão sendo empurrados ao longo do enredo, estes dois decidem juntar os trapinhos mas não sem uma solene declaração de compromisso: Não casar para sempre!


Será segredo ou receita?

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Para acabar de vez com os problemas...

- Mãe...
Eu, carregada com os sacos de ginásio e a mochila, a tentar passar entre os carros que estavam estacionados sem me sujar... (só estou a tentar ser dramática porque chovia a potes e não fica bem uma cidadã queixar-se da vida quando se dá ao luxo de acabar o dia no ginásio):
- Sim...
Ela, expedita:
- Sabes porque é que o livro de matemática morreu?...
Eu, a passar os sacos a prestações para não me sujar toda nos carros que estavam estacionados:
- Não...
- Porque tinha muitos problemas! (não preciso de descrever a cara com que disse isto, pois não?)
Desconfio que este era um funeral a que ela gostava de ir!

Com a cabeça no ar e os pés nas nuvens

Ao contrário da gaveta das t-shirts das crianças, os adultos parecem ter sempre as ideias bem vincadas e (imagine-se) a cabeça sem nódoas e arrumada. Não misturam as pratas das bolachas de chocolate com as meias ou os cadernos, nem deixam (como as crianças) de lavar a roupa suja - ... sobretudo quando se zangam - em vez de a deixarem espalhada pelo chão.

Mas, infelizmente, tanta arrumação não autoriza os adultos a deitarem-se na relva, de nariz para o ar, descobrindo, nas nuvens, elefantes, velhas feiticeiras, ou sinais de fumo que (quem sabe?) talvez cheguem duma tribo acampada algures, nalgum lugar do céu.

Se a cabeça não lhes pesasse sobre os ombros, os adultos andariam mais vezes com ela nas nuvens, e perceberiam melhor que nem sempre a cabeça arrumada e, aparentemente, sem nódoas, é «o céu» que lhes permite ser mais bonitos e mais felizes.



in «Faz tão bem andar de cabeça no ar» do livro «Tudo o que o amor não é» - Eduardo Sá