Acabado o almoço, vim até à porta do café e acendi um cigarro. Nesse mesmo instante, um rapaz na casa dos vinte e poucos, alto, forte, de aparência e aspecto comuns, abordou-me e balbuciou um qualquer pedido que não percebi. Retorqui:
Desculpa, não percebi... Ele repetiu:
Pode pagar-me um café? Acto continuo respondi:
Claro que sim!
Sugeri-lhe que entrasse e pedisse. Assim que terminasse o cigarro entraria para saldar a conta. Foi o que fiz.
Quando entrei estava sentado numa das mesas da entrada. Era inevitável fazer-lhe aquela pergunta:
Quer mais alguma coisa?
Peremptoriamente educado, respondeu-me:
Não, obrigado.
Talvez a situação não tenha mesmo nada de insólito e não haja nenhuma moral para esta história, mas a verdade é que as perguntas, dentro de mim, ficaram mesmo a bailar, até agora.
Gostava tanto de saber se aquele café foi com ou sem açúcar...
2 comentários:
Há tantas «coisas» que ficam dentro do nosso espírito à procura de respostas: Aionda hoje gostava de saber o que me teria acontecido se tivesse saltado daquela janela!
Beijo
A janela ficava numa cave
@CarlosBarros: há tantas janelas que ficam por saltar nesta vida...
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