
domingo, 30 de novembro de 2008
Contrastes

sábado, 29 de novembro de 2008
Adoro!

Quantos de nós corremos para o quarto e cama dos pais sempre que uma trovoada interrompia os nossos bons sonhos?
Ter medo de trovoada, era não só um requisito da idade como um excelente pretexto para invadir aquele espaço que habitualmente nos estava vedado ou, pelo menos, obter mais uns beijinhos e um aconchego de roupa suplementares. Tão bom!
Mas, e quando a trovoada faz parte das nossas coisas favoritas? Por mim, se é verdade que na infância cumpri com rigor o calendário, para pedir mais uns beijinhos ou reivindicar o meio da cama juntamente com o meu urso, a verdade é que sempre a adorei, sobretudo de noite, quando os relâmpagos invadem o quarto, iluminam as paredes e eu fico a contar os segundos até ao trovão.
Esta foi uma noite daquelas!
Bem Vindo, Inverno!
E, já agora, Senhora Trovoada, não quer aparecer outra vez esta noite?
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Acreditas?
Eva Cassidy - Somewhere Over the Rainbow
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Momentos de dúvida
Onde irá dar este caminho?
Ainda não sei. Mas enquanto espero, em vez de deixar instalar o desespero, vou tentando aproveitar a viagem.
Já agora, partilhando-a convosco!
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Será?
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Inadiável
O número de crianças institucionalizadas em Portugal é assustador. E crescente. Mas mais assustador é pensar que a esmagadora maioria delas não terá nunca um colo, só seu, à sua medida, para nele se resguardar. E não é disso que todos nós mais precisamos, ao longo das nossas vidas? Quantas vezes gritamos, por dentro, ao longo do nosso dia: ADOPTA-ME? segunda-feira, 24 de novembro de 2008
A Vida não era um Paraiso...
« excerto do Filme Cinema Paradiso de Giuseppe Tornatore »
... E aprender era um verdadeiro inferno.
Numa escola assim, como era possível que aquele Cristo, abandonado na cruz e na parede, fosse redentor?
Se aprender matemática pode ainda não ser muito divertido pelo menos errar já não é tão humilhante.
Música de Ennio Morricone: Love Theme from Cinema Paradiso
domingo, 23 de novembro de 2008
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
À mesma hora, no mesmo local
Todos os dias o cenário se repete!
Carros que se atropelam, buzinas que se sobrepõem. Velocidade desadequada ao local, à hora, ao cenário matinal. Uma passagem para peões quase sempre vergonhosa e incompreensivelmente desrespeitada. Mais vergonhoso ainda é que o seja, a maioria das vezes, pelos mesmos com quem nos cruzamos, minutos depois, dentro dos portões de uma escola.
O dia ainda a começar e a intransigência já a poluir o ar.
Dos carros, apressadas pelo atraso e pela campainha que ameaça tocar, saltam crianças a quem os beijos ficam por dar.
Todos os dias o cenário se repete!
No regresso, depois de entregar a minha encomenda em segurança, quase sou atropelada por dois irmãos que sobem, correndo, desenfreadamente. Ao fundo da escada, junto ao carro, enquanto lhe enviam o último adeus daquela manhã, um pai eleva a voz:
Vá, vão! Não se atrasem!
E antes de desaparecerem, mais alto, reforça:
Um bom dia de aulas!
É tão bom quando não está tudo perdido!
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Pensamentos fora de horas
Tinham chocolate, e o sono, que já há algum tempo pedia cama, aceitou ser substituído por elas, num fugaz e derradeiro encontro com o sofá. quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Como um peixe fora de água
Há dias em que a zanga é incontornável. Pode ser apenas uma inevitabilidade do estado de espírito. Pode ser uma legitima resposta de defesa, a uma sentida invasão exterior. E há ainda aqueles dias em que nos zangamos, só porque sim. O que me parece inegável é que, independentemente do motivo pelo qual se exteriorize, a zanga é sempre antecedida por um mal estar, ainda que indecifrável. Por um desconforto, frequentemente inlocalizável. Por uma tristeza transformada em indignação e depois conduzida pela mão da revolta, quando projectada para fora de nós. segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Beautiful

sábado, 15 de novembro de 2008
Mancan le parole
Por vezes faltam as palavras mas, num momento assim, será que não se dispensam?
Amiga, obrigada por este momento que me proporcionaste, hoje!
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Desafio-TE
Se a Vida é um jogo, quem são os teus adversários?
D. Quixote lutava contra moinhos de vento. Há quem lute contra os injustos, os levianos, os medíocres, os hipócritas, os moralistas. Mas quantas vezes lutamos contra nós próprios? E se por vezes esse desfio é um estimulo ao crescimento, à descoberta da nossa identidade e do nosso lugar na vida, outras pode ser paralisante e fonte de estagnação.
Quando nos decidimos a jogar connosco, convém pensar no que vai a jogo e se temos estratégia que dure até ao fim da jogada.
No fim, que vença o melhor!
Novembro
segunda-feira, 10 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
Parecem bandos...

Alternam turnos, entre o dia e a noite, para que no Largo o Camões nunca se sinta só e para que as ruas do Bairro Alto nunca fiquem despidas. Uns e outros, uma mancha cinzenta, uniforme, desconforme, que se desloca em massa. Não importa de onde vêm ou para onde vão. E assim como chegam, partem, sem aviso ou plano prévio. Atrás de si fica o sujo, o desperdício e o património mais degradado. Mas diz-se que, sem uns e outros, a cidade não seria a mesma. E se calhar até têm razão!
Mas se uns se conseguem amestrar porque é que os outros não se conseguem educar?
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
Direitos e Deveres
Trabalhar no Campo
Conduzir por uma estrada que se veste com as cores da estação. Ver Monserrate resguardado do nevoeiro, aconchegado por entre vegetação equatorial. Fazer corridas com o ocioso eléctrico, que não tem pressa de chegar. Encontrar as mesmas gentes, nas mesmas curvas, todos os dias. Conhecer os rituais do senhor da loja de faianças, e passar sempre os olhos pelos seus escaparates de pratos e tigelas que apetece comprar, mesmo que não se saiba para quê. Aprender a domar os ponteiros do relógio, que se atrasam atrás de um tractor, numa estrada serpenteada onde o verbo ultrapassar se conjuga quase sempre com risco. Cumprimentar os patos na ribeira e ser gentilmente cumprimentado por quem não se conhece, rostos que apenas cruzam connosco os seus bons hábitos, aqueles que restaram de uma aldeia não muito longe no tempo e ainda fresca na memória.segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Fiz de conta












