Há alguns anos eram um dos entretenimentos favoritos das férias, sobretudo das grandes, como lhes chamávamos. Era um vaivém constante e a expectativa diária de, ao abrir a caixa de correio, lá encontrar mais uma carta, duas ou três. Escolhíamos o papel, os envelopes, os autocolantes e os desenhos com que as decorávamos... Tão divertido!
Os anos passaram e as caixas de correio passaram a ter outros recheios. Coisas de gente grande... Porque é que gostamos tanto de brincar aos crescidos quando somos pequenos?
Manifestamente, considero que a internet trouxe mais benefícios do que malefícios. Estes, como aqueles, estão onde os quisermos encontrar. Por mim, aproxima. E relembra, com maior facilidade, que só o tempo nos separa.
As cartas antigas? Todas religiosamente guardadas, atadas, com laços de fitas de diversas cores, um molho para cada ano. E é tão engraçado revê-las.
Agora, uma vez por ano, o hábito e o ritual revisitam-se. No Natal, é bom abrir a caixa de correio e encontrar um postal, mesmo que de alguém com quem conversemos, diariamente, na internet.
Os meus estão escritos, seguem hoje, vão a caminho. Na estação de correios da minha Vila, aquela que fica mesmo ao lado da farmácia e até à qual vou enchendo os pulmões com o aroma das lareiras vizinhas, vou comprar os selos e colar, um por um. Pedacinhos de amizade, selados com muito amor e carinho.
1 comentário:
Venha de lá a morada... faxfafor...
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